Uma pena, mas chegamos ao fim. Na terceira aventura
protagonizada por Ezio Auditore da Firenze, temos a conclusão de sua saga em
busca de respostas, principalmente sobre o seu papel na luta entre assassinos e templários. O jogo se passa
muitos anos após os eventos de Brotherhood, com um Ezio de 50 anos de idade (apesar de nem parecer).
A tensão que por décadas havia se instalado na Itália Renascentista por meio da
família Borgia já estava completamente superada, graças “aos seus serviços”.
Mas ele sabia que a dominação templária não se restringiria àquela porção da
Europa.
Muitos anos após eliminar Cesare Borgia, Ezio decidiu seguir
os passos de Altair, líder dos assassinos no tempo das Cruzadas e considerado o
maior mentor da história da ordem. Partiu então a Masyaf, Fortaleza dos
Assassinos nos tempos de Altair. Porém, ao chegar, Ezio não a encontrou como
esperava, mas um lugar dominado pelos templários, que invadiram a área desde o
falecimento de Altair. Em sua busca por pistas, descobriu que as chaves da
biblioteca do santuário (lacrada por por conter todos os maiores segredos dos
assassinos) haviam sido levadas para Constantinopla.
Após alguma dificuldade com os templários em Masyaf, Ezio
seguiu para Constantinopla, alguns anos depois da queda do Império Bizantino, e
descobriu que atualmente eram os árabes otomanos quem dominavam a região.
Porém, os bizantinos, que haviam perdido o poder, estavam sedentos por
retomá-lo, e muitas conspirações ainda ocorreriam por lá no decorrer da trama.
Ezio chega a Constantinopla
Neste jogo, a estrutura dos dois episódios anteriores foi
preservada, mas com nova roupagem. O foco que era o Renascimento italiano foi
transferido para o Império Bizantino, em decadência após a invasão dos árabes.
Toda a cultura inerente à Europa Oriental deste período foi retratada, seja na
arquitetura, nos trajes, nas personagens, na musicalidade e nas armas. Por
sinal, dentre as poucas novidades deste jogo, duas delas se referem ao
armamento: a Hook Blade (gancho) e as bombas.
A ausência de grandes novidades pode até servir de pretexto
para críticas com relação ao fator inovação, mas em nada interferem na
manutenção da qualidade indiscutível da série. Comentar o que há no jogo seria
praticamente repetir tudo o que já foi dito em AC II e AC: Brotherhood. O
multiplayer foi aperfeiçoado e agora, de acordo com a progressão neste modo de
jogo, são oferecidos documentos e vídeos das Indústrias Abstergo como
recompensa. Uma ótima adição que nos possibilitou ver o ponto de vista dos
templários nesta batalha, já que o foco havia sempre sido os assassinos.
Dentro do Animus
Outra novidade foi a adição de um sistema “Tower Defense” parecido com os jogos de estratégia. Neste modo, Ezio prepara o seu exército de assassinos e coordena as ações de cada membro. Surge este tipo de interação toda vez que um território dominado pelos assassinos é invadido pelos templários. Porém, verdade seja dita, nem ficou tão legal assim. Em contrapartida, a parte do jogo que trata dos dias atuais com o personagem Desmond, temos bastante de seu passado revelado por meio de sequências em primeira pessoa.
Dando continuidade aos eventos do personagem em Brotherhood,
quando sua consciência ficou presa à máquina Animus, foi criado este modo de
jogo que consiste em conduzir Desmond por cenários cheios de cubos e lasers,
com muito desafio de raciocínio e paciência com o objetivo de salvá-lo. Apesar
da raiva que passei por falhar algumas vezes, acho que estes puzzles foram
bastante apropriados e úteis dentro da proposta de libertá-lo do Animus.
Para finalizar, cabe relatar que Ezio, mais uma vez,
interagiu com figuras bem importantes da história mundial, ainda que a maioria
(ou todas) com pouca expressão para a parte ocidental do planeta. A principal delas foi Sofia, que se casou com o Ezio e permaneceu ao seu lado até o último dia de vida do protagonista (filme "Assassin's Creed: Embers"). Ezio inclusive se afastou da rotina de lutas pela causa dos assassinos para constituir família. Final cheio de emoção para um personagem realmente marcante.
TRAILER E3: Assassin's Creed: Revelations