28 de abril de 2012

Três assassinos e um objetivo




     Uma pena, mas chegamos ao fim. Na terceira aventura protagonizada por Ezio Auditore da Firenze, temos a conclusão de sua saga em busca de respostas, principalmente sobre o seu papel na luta entre  assassinos e templários. O jogo se passa muitos anos após os eventos de Brotherhood, com um Ezio  de 50 anos de idade (apesar de nem parecer). A tensão que por décadas havia se instalado na Itália Renascentista por meio da família Borgia já estava completamente superada, graças “aos seus serviços”. Mas ele sabia que a dominação templária não se restringiria àquela porção da Europa.
  
     Muitos anos após eliminar Cesare Borgia, Ezio decidiu seguir os passos de Altair, líder dos assassinos no tempo das Cruzadas e considerado o maior mentor da história da ordem. Partiu então a Masyaf, Fortaleza dos Assassinos nos tempos de Altair. Porém, ao chegar, Ezio não a encontrou como esperava, mas um lugar dominado pelos templários, que invadiram a área desde o falecimento de Altair. Em sua busca por pistas, descobriu que as chaves da biblioteca do santuário (lacrada por por conter todos os maiores segredos dos assassinos) haviam sido levadas para Constantinopla.
 
     Após alguma dificuldade com os templários em Masyaf, Ezio seguiu para Constantinopla, alguns anos depois da queda do Império Bizantino, e descobriu que atualmente eram os árabes otomanos quem dominavam a região. Porém, os bizantinos, que haviam perdido o poder, estavam sedentos por retomá-lo, e muitas conspirações ainda ocorreriam por lá no decorrer da trama.
 
Ezio chega a Constantinopla

     Neste jogo, a estrutura dos dois episódios anteriores foi preservada, mas com nova roupagem. O foco que era o Renascimento italiano foi transferido para o Império Bizantino, em decadência após a invasão dos árabes. Toda a cultura inerente à Europa Oriental deste período foi retratada, seja na arquitetura, nos trajes, nas personagens, na musicalidade e nas armas. Por sinal, dentre as poucas novidades deste jogo, duas delas se referem ao armamento: a Hook Blade (gancho) e as bombas.
  
      A ausência de grandes novidades pode até servir de pretexto para críticas com relação ao fator inovação, mas em nada interferem na manutenção da qualidade indiscutível da série. Comentar o que há no jogo seria praticamente repetir tudo o que já foi dito em AC II e AC: Brotherhood. O multiplayer foi aperfeiçoado e agora, de acordo com a progressão neste modo de jogo, são oferecidos documentos e vídeos das Indústrias Abstergo como recompensa. Uma ótima adição que nos possibilitou ver o ponto de vista dos templários nesta batalha, já que o foco havia sempre sido os assassinos.
  
Dentro do Animus

      Outra novidade foi a adição de um sistema “Tower Defense” parecido com os jogos de estratégia. Neste modo, Ezio prepara o seu exército de assassinos e coordena as ações de cada membro. Surge este tipo de interação toda vez que um território dominado pelos assassinos é invadido pelos templários. Porém, verdade seja dita, nem ficou tão legal assim. Em contrapartida, a parte do jogo que trata dos dias atuais com o personagem Desmond, temos bastante de seu passado revelado por meio de sequências em primeira pessoa.
  
     Dando continuidade aos eventos do personagem em Brotherhood, quando sua consciência ficou presa à máquina Animus, foi criado este modo de jogo que consiste em conduzir Desmond por cenários cheios de cubos e lasers, com muito desafio de raciocínio e paciência com o objetivo de salvá-lo. Apesar da raiva que passei por falhar algumas vezes, acho que estes puzzles foram bastante apropriados e úteis dentro da proposta de libertá-lo do Animus.
  
     Para finalizar, cabe relatar que Ezio, mais uma vez, interagiu com figuras bem importantes da história mundial, ainda que a maioria (ou todas) com pouca expressão para a parte ocidental do planeta. A principal delas foi Sofia, que se casou com o Ezio e permaneceu ao seu lado até o último dia de vida do protagonista (filme "Assassin's Creed: Embers"). Ezio inclusive se afastou da rotina de lutas pela causa dos assassinos para constituir família. Final cheio de emoção para um personagem realmente marcante.
 
 

Um comentário:

Elaine Greselle disse...

Amoo o Ezio velho... foi um jogo excelente, sem contar a Sofia... um caso de amor muito lindo de se ver!!!