19 de junho de 2012

Cronologia de Os Cavaleiros do Zodíaco



CRONOLOGIA DA SÉRIE

Nos últimos anos, Os Cavaleiros do Zodíaco (Saint Seiya no Japão) tem ampliado muito o seu universo, com novos conteúdos que agregam bastante valor à história. A série clássica (nas quais batalham Seiya e Cia. pela defesa de Saori/Atena) agora não é tratada isoladamente, mas possui algumas histórias paralelas, tratadas assim, pois, apesar de oficiais, não são escritas pelo mestre Masami Kurumada, o grande criador de Saint Seiya.

Junto com estes novos tempos de Saint Seiya, novos personagens, novas sagas, novos ambientes e a mesma emoção. Não custa sonhar que algum dia tudo seja devidamente animado, saindo das páginas do manga para os episódios de anime. Porém, no momento, só nos resta torcer pelo sucesso do mais novo empreendimento do autor, Saint Seiya Ômega, para quem sabe termos a esperança desse sonho ganhar a luz do dia.

Tendo essas como minhas considerações iniciais, aproveito o espaço para resumir a cronologia da série de acordo com esses novos episódios e capítulos, visto que muitos novos fãs estão se aventurando na série, enquanto muitos outros deixaram de acompanhá-la e se perderam no tempo em meio a tantos lançamentos.

Para início de conversa, cabe compreendermos que Os Cavaleiros do Zodíaco possui como fonte principal de inspiração a mitologia grega, apesar de possuir referências a muitas outras mitologias, crenças, costumes e obras. Isso não quer dizer que tais indicações sejam utilizadas ao pé da letra, mas existem muitas licenças poéticas, ou seja, adaptações daquilo que conhecemos habitualmente.

HIPERMITO

O Hipermito é o material responsável por iniciar a compreensão de onde surgiram as batalhas que vemos na série e o que elas significam. Confesso que, quando li, percebi imediatamente o real valor de Saint Seiya. Em um primeiro momento, pode parecer somente um texto introdutório, mas, na realidade, trata-se de uma verdadeira lenda, no sentido literal da palavra, com muito potencial, mas que ainda foi pouco explorado.

Pode parecer confuso para quem pouco conhece da série, mas vale a pena, uma vez que percebemos o quanto os nossos dias são somente uma ínfima parte em relação ao tempo de vida do planeta, mas, que apesar disso, não somos insignificantes, pois cada um é capaz de dar a sua contribuição para a construção do futuro (e é justamente esta a poesia de Os Cavaleiros do Zodíaco).

LINK: hipermito 
Esta publicação saiu em uma revista especializada em séries de anime e manga no Japão, em 1988

LOST CANVAS



Trata-se de uma série nova quando comparada aos episódios clássicos, sendo que, na cronologia, refere à Guerra Santa da geração de Dohko e Shion, 243 anos antes dos eventos atuais. Nesta batalha, Tenma (antigo cavaleiro de pégaso) enfrenta Hades, cujo espírito se hospeda no corpo do jovem Alone. Nesta geração, Atena se chama Sasha e, além de terem de enfrentar o deus do submundo, ainda precisam desafiar os deuses gêmeos Tanatos e Hipnos, além dos Juízes e Espectros de Hades.

Para quem não conhece, é mais do que recomendada a série, completa em 25 edições de manga e incompleta em anime, com 26 episódios, que equivalem ao volume 10 no manga. A história é emocionante e perfeita. Uma pena que tenham interrompido a versão animada, que espero, seja uma paralisação temporária.

EPISÓDIO G


Trata-se de outra história anterior aos eventos da série clássica, mais precisamente 6 anos atrás, na geração dos cavaleiros de ouro. Neste episódio, Aioria é o protagonista (cavaleiro de ouro de leão) e conta com a ajuda dos demais para enfrentar uma nova ameaça ao Santuário.

Aqui, Pontos, deus primordial, presente no planeta desde o início dos tempos junto de Uranos e Gaia, liberta os 12 titãs de seu confinamento por Zeus no Tártaro – são eles: Cronos, Hiperíon, Iápeto, Creos, Ceos e Oceano; Febe, Mnemosine, Reia, Têmis, Tétis e Teia – para iniciarem uma invasão ao Santuário e se enfrentarem no Labirinto de Cronos.

Já saíram 19 volumes do manga e parou exatamente na luta final entre Aioria e Cronos, sob o olhar de um personagem misterioso (acredita-se ser Zeus). A intenção do autor é encerrar a história no volume 20, mas somente será retomado para encerramento após uma pausa estratégica devido aos novos capítulos de Next Dimension (a continuação direta da série clássica). Infelizmente, não há expectativa para o lançamento em anime desta saga.

SÉRIE CLÁSSICA

Quando falamos em Os Cavaleiros do Zodíaco, basicamente, estamos nos referindo à série em que Seiya, Shiryu, Hyoga, Shun e Ikki protagonizaram. Lançada em 1986 e tendo completado 25 anos em 2011, trata a trajetória de cinco amigos que, sob o olhar da deusa Atena, lutam pela defesa da paz na Terra. Em síntese, é isso. Porém, evidentemente não se resume a isso.

Começando pelo básico, o universo é regido por quatro deuses: Zeus no céu, Poseidon nos mares, Hades no mundo dos mortos (Inferno e Campos Elíseos - Paraíso) e Atena na Terra. Como acontece com todo poder que é partido, sempre há a ambição de algum dos lados pelo controle total. Seguindo esta premissa, a Terra possui um ciclo que alterna entre períodos de paz e tempos de ameaça, em que os demais deuses (e mesmo outras entidades) buscam assumir o controle sobre o planeta.

Assim, na geração atual, um grupo de jovens foi treinado para se tornar cavaleiros. Na série, eles passam por diversas ameaças, iniciando pelo ataque dos cavaleiros negros, liderados por Ikki. Depois, são os cavaleiros de prata e de ouro, que, enganados pelo mestre do Santuário, ao invés de lutarem pela proteção de Atena, tornam-se adversários.

Com o término deste período de lutas internas dentro do Santuário de Atena, a ameaça vem de Poseidon, que, primeiro manipula Asgard, onde os guerreiros regidos pela constelação de Ursa Maior, sob a proteção de Odin, são levados a medir forças com os cavaleiros. Após estas duras lutas, Seiya e os demais se dirigiram ao Templo Submarino de Poseidon e precisaram enfrentar mais lutas cruéis até serem capazes de selar o espírito do deus dos mares.

Depois de um intervalo de tempo não muito claro na série, a ameaça veio do submundo, quando Hades enviou seus espectros para invadirem o Santuário, culminando com a “viagem” dos cavaleiros pelo território do deus dos mortos, atravessando o Inferno até o destino final, os Campos Elíseos: a morada definitiva de Hades.

Até o momento, nada de oficial foi falado em relação a Zeus e aos demais deuses olimpianos que pudessem servir de conclusão para a história, mas o autor já está se empenhando no manga de Next Dimension, continuação direta da série após os eventos de Hades. Também há uma grande expectativa pelo remake dos episódios clássicos, visto que os traços antigos já não se encaixam nos padrões atuais. Mas isso é algo que possivelmente seja confirmado somente depois do sucesso de Saint Seiya Ômega.

GIGANTOMAQUIA

Este lançamento ocorreu em forma de livro, em dois volumes. Aqui, os cavaleiros de bronze Seiya, Shiryu, Hyoga, Shun e Ikki enfrentam os poderosos gigas. São eventos que, muito provavelmente, seguindo a cronologia oficial, aconteceram no intervalo entre as sagas de Poseidon e Hades da série clássica.

Dispensa maiores esclarecimentos, pois já havia inserido um post acerca deste produto e encontra-se no link abaixo:

NEXT DIMENSION

Após mais de 15 anos sem escrever uma página de manga referente à série Saint Seiya, Kurumada animou os fãs com a tão aguardada sequência, conhecida como Next Dimension. Isso porque Lost Canvas, Episódio G e Gigantomaquia não são de sua autoria. De qualquer forma, enfim os fãs poderiam sonhar em ver uma conclusão digna para a série.

Contudo, apesar de 5 volumes já terem sido lançados no Japão (4 no Brasil), esta nova série ainda não deslanchou, tanto na quantidade quanto na qualidade. No primeiro aspecto, me refiro ao número reduzido de capítulos que saíram, principalmente se levarmos em conta que Lost Canvas foi lançado junto e já encerrou. Quanto ao quesito qualidade, confesso que esperava mais, pois parece uma cópia descarada da saga das doze casas do Santuário.

Outra crítica (até que o Kurumada nos prove o contrário) é o fato de que Cronos leva os cavaleiros ao passado, mas ele não menciona nada acerca dos eventos do Episódio G, em que os cavaleiros de ouro enfrentaram este mesmo deus/titã. No ensejo, eles retornam ao tempo da última Guerra Santa contra o exército de Hades, porém, com eventos totalmente diversos daqueles contados pelo Lost Canvas. No mínimo, uma grande incoerência, mas que ainda pode ser explicada e, por isso, deixo esta crítica em aberto. O certo é que até o momento, nada de Zeus.

ÔMEGA

Para encerrar esta seção cronológica de Saint Seiya, a série Ômega foi lançada em 01 abril 2012, sendo a mais nova aposta de atrair mais fãs infantis e, consequentemente, levá-los a se interessar pela série clássica e Lost Canvas (ambos com temática mais jovem) no futuro.

Aqui, a história se passa tempos depois da conclusão da série (que na verdade nem aconteceu ainda), partindo do princípio que Seiya e os demais cavaleiros de bronze tiveram êxito em defender a Terra dos ataques de Zeus e dos deuses olimpianos. Em Ômega, o planeta é assolado por uma nova ameaça, que até o momento responde pelo nome de Marte (apesar de evidências de que este seja apenas um peão para o verdadeiro inimigo).

Seiya e os demais são considerados cavaleiros lendários e a incumbência de defender Atena desta vez é de um novo grupo de jovens, formados cavaleiros a partir do Centro de Treinamento Palaestra. O grupo principal é formado por Kouga de pégaso, Souma de leão menor, Haruto de lobo, Ryuho de dragão e Yuna de áquila/águia.

Este anime não possui um manga que lhe seja correspondente. Além disso, sua temática infantil ao extremo leva os fãs antigos a se interessarem pelo desenho somente para reconhecer os cavaleiros lendários nesta nova versão de Saint Seiya.

Não apenas os personagens que defenderão Atena são outros, mas vários conceitos consagrados da série foram completamente transformados. As armaduras mudaram, os elementos da natureza passaram a explicar o cosmo, o Santuário foi destruído (difícil de engolir), os golpes mudaram (pelo menos os cavaleiros de ouro até agora apresentados não recriaram as técnicas dos clássicos), entre outros.

Em suma, confesso que só assisto por se tratar da continuação da série que mais estimo, mas ainda estou esperando mais ação e emoção, que tenho certeza que virá com o tempo.